Oleo Assenciais

aromaterapia

A terapia com óleos essenciais nos reconecta à natureza do que somos e amplia o nosso bem-estar físico, emocional e espiritual.

Sabe quando os mais velhos contam que usam citronela para afastar insetos e colocam lavanda no travesseiro para dormir melhor? Pois, os óleos essenciais, coração da aromaterapia, resgatam e valorizam esses saberes e a nossa ligação com a natureza. Conexão essa que foi se perdendo enquanto as cidades, a indústria farmacêutica e as filas dos hospitais cresciam. O nome aromaterapia pode até soar místico, mas os óleos são compostos por substâncias químicas cujos efeitos têm comprovação científica. “O óleo não é um remédio, mas uma ferramenta para preservar e cuidar da saúde, em conjunto com outros tratamentos”, diz o osmólogo Fernando Amaral.

“Pessoas com muito conhecimento fazem praticamente tudo com óleo essencial: de espantar formiga a lavar o cabelo. Esse é meu caso, há 25 anos trabalhando com eles.”

Para começar

Abreviados como OEs, eles são encontrados em mais de 300 plantas. Extraídos de troncos, resinas, folhas, raízes, frutos, flores e sementes, são um verdadeiro tesouro envasado. “Para um litro de óleo essencial de rosas, são necessárias 6 toneladas da flor”, conta a aromaterapeuta e psicoterapeuta corporal Chris Penna. É o mesmo que o peso de um elefante, mas formado pela leveza das pétalas. “Dentro de cada gotinha de um único óleo essencial, encontramos centenas de componentes químicos e temos vários benefícios ao mesmo tempo”, observa a naturóloga e aromaterapeuta Daiana Petry. Já o aromaterapeuta e psicólogo André Ferraz explica as três formas principais de atuação dos óleos. Primeiro fisiológica, com ação antibiótica, anti-inflamatória, analgésica, antitumoral, entre outras.

Segundo, a psicológica, pois, além do seu cheiro despertar memórias e sensações, os óleos inalados atuam no cérebro, onde equilibram o sistema límbico, responsável por nossas emoções. E terceiro, a energética, quando as vivências das plantas nos ajudam a encarar nossos próprios desafios e atravessá-los na frequência serena do Reino Vegetal.


Cuidados

Os óleos podem ser usados de diversas maneiras. Inalação e aplicação na pele — com diluição em óleos vegetais e cremes neutros — são algumas delas. Já a ingestão não é recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Existe a ideia de que é orgânico e não faz mal, mas o uso inadequado pode causar alergias, queimaduras e até matar”, alerta Chris Penna. E certifique-se de que se trata de óleos essenciais puros, e não essências, que são artificiais. A seguir, conheça nove óleos para ter em casa e ganhar mais autonomia nos cuidados com a saúde.

LAVANDA (LAVANDULA OFFICINALIS)

“É a porta de entrada na aromaterapia”, resume Chris Penna. Não à toa, também é o óleo essencial mais consumido no mundo. A lavanda resgata nosso equilíbrio emocional, ajuda a vencer a ansiedade, a depressão e o medo. Seu uso no difusor ambiental ajuda a criar um ambiente tranquilo e afasta a insônia. No corpo, seus benefícios vão desde o relaxamento muscular até a restauração da pele. Ela é indicada para casos de linhas de expressão, acne, dermatite, rosácea, psoríase, queimadura, cortes e picadas de insetos, podendo ser aplicada diretamente na pele em doses de uma a duas gotas. Promove a reconstituição celular, atuando nos sistemas circulatório e linfático. Também é bactericida e antisséptica – e pode estar em sabonetes, desodorantes e produtos de limpeza caseiros. Só não deve ser usada por pessoas com hipotensão.



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